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24 de setembro de 2008

Cabral xinga em nome do povo

Na última segunda-feira, o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, perdeu a linha e ao criticar cinco médicos que faltaram ao plantão de domingo num hospital estadual e os chamos de vagabundos e safados. Não foi uma manifestação recomendável para um governante se referir a servidores do Estado que ele governa;

No entanto, Sérgio Cabral certamente foi apoiado por muita gente, em especial quem procurou aqueles hospital da rede estadual e não conseguiu atendimento, além de de grande número de cidadãos que não suportam mais ter conhecimento de que estas faltas de médicos aos plantões é fato quase que corriqueiro, torcendo para que não tenham necessidade de procurarem socorro médico nos hospittais públicos nos fins de semana;
 
Na imprensa, a população toma conhecimento de que os órgãos de classe dos médicos estão profundamente ofendidos com os termos usados por Sérgio Cabral, admitindo até irem à Justiça buscando reparação pelos "danos morais" dos médicos gazeteiros;
 
No entanto, a população talvez também pudesse ir à Justiça processar os médicos faltosos por "tentativa de homicídio", quando com suas ausências colocam em risco a vida daqueles que procuram socorro médico e não encontram quem tem o dever de estarem no seu local de trabalho;
 
E tem mais uma alegação corporativa, a de que os salários dos médicos é muito baixo. Ora, se o salário é ruim, mude-se de emprego. O que não é correto é ter um compromissso sério - cuidar de vidas humanas é, sim, coisa muito séria - e virar as costas para aqueles que buscam os hospitais da rede pública;
 
Tudo bem que Sérgio Cabral não deveria xingar os médicos gazeteiros, mas ele com certeza representava o que os contribuintes gostariam de dizer: são vagabundos e safados, sim!

Um comentário:

  1. Só hoje pude voltar aqui. Estava de mudança.
    Quanto ao assunto, assino contigo, ipsis literis.
    Abraço

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